Livro romantiza reflexões sobre a morte
Escrita em 16/05/2020 por Victor Hugo Sigoli de Campos
Em As Intermitências da Morte de José Saramago, lemos um longo e denso livro de como o mundo age em relação ao fim da vida. O dia começa e as
pessoas param de morrer, mesmo aquelas que estão no leito de morte não morrem,
é essa à premissa básica. Estranhamente, é como se à morte tivesse abandonado à humanidade.
Em nenhum lugar do mundo entende-se o que está acontecendo, esse “fenômeno”, se é que se pode chamar assim. O autor põe em discussão o medo que as pessoas tem em saber que um dia irão morrer, a morte faz parte do curso natural da vida e que ás vezes é melhor morrer do que sofrer e vegetar em uma cama. É interessante e questionador a respeito dos paradoxos morais que existem no consciente humano, todos nós sonhamos com a vida eterna, mas, afirmamos que à morte faz parte da jornada de todo ser humano.
Na segunda parte do livro, nós conhecemos a morte em sua forma humana, metaforizada em uma mulher. A partir deste momento é perceptível que a história tomaria um ritmo romanceado, um homem e uma mulher que são muito diferentes, ele violinista, e ela é à morte, e eles se conhecem e vão flertando um com o outro.
É um livro profundo e em sua primeira metade há discussões sobre sofrimento, morte, religião e nacionalismo. Em relação à escrita de Saramago, a sua ortografia, seus pontos, parágrafos, vírgulas, e seu texto verborrágico podem tornar à leitura cansativa e enfadonha.
Ficha Técnica
Nome: As Intermitências da Morte
Autor: José Saramago
Editora: Caminho - o Campo da Palavra
Páginas: 208
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