Translate

sexta-feira, 19 de junho de 2020

CRÍTICA | AS INTERMITÊNCIAS DA MORTE, DE JOSÉ SARAMAGO

                    Livro romantiza reflexões sobre a morte

 Escrita em 16/05/2020 por Victor Hugo Sigoli de Campos 

Em As Intermitências da Morte de José Saramago, lemos um longo e denso livro de como o mundo age em relação ao fim da vida. O dia começa e as pessoas param de morrer, mesmo aquelas que estão no leito de morte não morrem, é essa à premissa básica. Estranhamente, é como se à morte tivesse abandonado à humanidade.

Em nenhum lugar do mundo entende-se o que está acontecendo, esse “fenômeno”, se é que se pode chamar assim. O autor põe em discussão o medo que as pessoas tem em saber que um dia irão morrer, a morte faz parte do curso natural da vida e que ás vezes é melhor morrer do que sofrer e vegetar em uma cama. É interessante e questionador a respeito dos paradoxos morais que existem no consciente humano, todos nós sonhamos com a vida eterna, mas, afirmamos que à morte faz parte da jornada de todo ser humano. 

Na segunda parte do livro, nós conhecemos a morte em sua forma humana, metaforizada em uma mulher. A partir deste momento é perceptível que a história tomaria um ritmo romanceado, um homem e uma mulher que são muito diferentes, ele violinista, e ela é à morte, e eles se conhecem e vão flertando um com o outro.

É um livro profundo e em sua primeira metade há discussões sobre sofrimento, morte, religião e nacionalismo. Em relação à escrita de Saramago, a sua ortografia, seus pontos, parágrafos, vírgulas, e seu texto verborrágico podem tornar à leitura cansativa e enfadonha.        

 

Ficha Técnica

Nome: As Intermitências da Morte

Autor: José Saramago

Editora: Caminho - o Campo da Palavra

Páginas: 208



                                

 




 

                            

 

 

 

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comente.

Curta. Compartilhe. Inscreva-se.