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sexta-feira, 19 de junho de 2020

CRÍTICA | O VELHO E O MAR, DE ERNEST HEMINGWAY

             Livro conta a jornada de um homem comum

 Escrita em 23/01/2020 por Victor Hugo Sigoli de Campos    



Um homem desbravador, animais marinhos, alto – mar, barcos, o livro de Ernest Hemingway possui os melhores elementos para uma grande aventura. O livro nos apresenta Santiago, um pescador que mora em Havana, com muitas experiências acumuladas ao longo da vida, tais como, caçadas pelo mundo e o falecimento de sua esposa, mas não pesca um só peixe há três meses.                                                                                                                                                    

O seu ajudante que ele chama de “rapaz” é o garoto Manolin, que não pode mais pescar, porque os pais o impedem devido à escassez pela qual passa o seu empregador. Quando Santiago e o garoto conversam sobre baseball e o pescador mostra sua admiração pelo lendário jogador dos Yankees, Joe DiMaggio, vemos similaridade entre ficção e realidade, pois pra nós é como uma conversa sobre futebol, e começamos a ter mais empatia pelo protagonista que pouco conhecemos, por causa de Manolin e à afeição que sente por ele, que aceitamos sua personalidade e suas motivações. Então, o experiente “caçador dos mares” promete ao garoto trazer um peixe que iria cobrir a carestia que estavam enfrentando e, embarca em sua aventura.                                                                                         

No início do trajeto Santiago consegue apanhar peixes pequenos, atum, para se alimentar ao longo da viagem e, estando só e muito distante da terra – firme, é normal vê-lo externar todos os seus pensamentos e o vemos conversar com os peixes e tratá-los como se fossem “amigos”, compreendê-los por tentarem se defender dele, e enquanto nós o compreendemos como um trabalhador comum à procura do seu sustento. Após alguns dias no mar o seu anzol é finalmente mordido por um animal maior do que os anteriores, e simplesmente sai arrastando o canoa do experiente pescador. É o início de um grande desafio, um peixe que estava oferecendo resistência, e é em momentos como esse, que ele se deita no bote e sonha com a época que caçava leões na África. 

O Velho e o Mar conta uma história rica em detalhes que abordam com realismo e sensibilidade a vida de um homem simples, por exemplo, como fazer para prevenir constipações sem ter levado qualquer tipo de remédio para sua empreitada e o instante que um avião sobrevoa Santiago significa, que existem ilhas e países ao longe e ele está em “seu mundo”, no mar traçando seu destino. O ato final é incrível, o confronto entre ser humano e animal se intensificar, e as escolhas narrativas do autor se justificam na coragem do seu protagonista. É um livro premiado com o Pulitzer de Melhor Ficção em 1952, com muita verossimilhança sem deixar de lado a fantasia é uma obra que presenteia a literatura contemporânea.


Ficha Técnica 

Nome: O Velho e O Mar

Autor: Ernest Hemingway

Editora: Civilização Brasileira 

Número de páginas: 132



                                   

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