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sábado, 15 de janeiro de 2022

CRÍTICA | DEATH NOTE: BLACK EDITION VOL. III, DE TSUGUMI OHBA E TAKESHI OBATA

 Escrita por Victor Hugo Sigoli de Campos 12/ 01/ 2022 



O terceiro capítulo de Death Note continua a história de Light Yagami, e a caçada ao Kira desenvolvida pela Agência Nacional de Polícia, após L prender o inimigo e a sua namorada, tenta provar que o casal é o primeiro e o segundo Kira, mas não consegue e é obrigado a libertá-los. O surgimento do terceiro assassino que comete crimes usando o caderno implicará que o detetive e seus antagonistas voltem a trabalhar juntos. 

A trama de Tsugumi Ohba segue com diálogos concisos que expandem o assunto, neste capítulo estão no foco da narrativa os diretores do departamento de tecnologia do Banco Yotsuba que usam os poderes do caderno para manipularem mortes que favorecem ao crescimento da empresa. São eles Ooi, Kida, Shimura, Takahashi, Namikawa, Hatori, Higuchi e Mido. O atual portador do caderno é ambicioso, cruel e, estrategista nato, sua grande ambição é se tornar Presidente do Banco, adotando praticas para manipular a polícia, por exemplo, matar políticos usando o caderno, obrigando a Agência Nacional encerrar as investigações contra o serial killer. 

As tensas reuniões entre os oito diretores mostram que um deles está manipulando os demais, e as vítimas executadas são positivas para todos os envolvidos. Os membros da Agência Nacional são obrigados a agirem na ilegalidade, uma escolha de roteiro questionável, pois, torna a trama previsível e o grupo dos conspiradores um elemento descartável.

A arte de Takeshi Obata tem desenhos límpidos e leves, sem uma gama de detalhes. Com a habilidade de cinegrafista, Obata alterna o enfoque a cada quadro, para dar mais ritmo ao enredo. O Shinigami Ryuk não está na história, porque no volume anterior Light arquitetou um plano para se livrar das suspeitas de “L”.     

Na ausência do Shinigami principal, Rem é o elemento sobrenatural mais importante da terceira parte (além do Death Note), a entidade continua sua missão de proteger Misa Amane, para concretizar o seu objetivo entrega o caderno de Light para o novo portador, mesmo que o feito possa levar a punições irreversíveis. A participação de Amane é decisiva para o namorado desenvolver seus planos, já, Mogi e Watari, destacam-se em momentos de ação e espionagem, Matsuda é o alívio cômico e é essencial para as estratégias do grupo investigativo.

O confronto mental entre Yagami e Ryuzaki não acontece nesse volume, fato que enfraquece a dinâmica de rivalidade construída nos capítulos anteriores. Ao decidir que o adolescente deve abdicar do material o roteirista está adicionando uma nova pergunta na relação do jovem com o Deus da Morte, de que Ryuk o possuiu, ou, será que Light tem doenças psicológicas ? Entre acertos e tropeços os autores produziram uma parte interessante e que beneficia as intenções do protagonista.

                                                                                               

Os oito criminosos em suas reuniões (Arquivo Pessoal)



                       

   












Light Yagami e L perseguindo o Novo Kira de helicóptero. (Arquivo Pessoal) 


 


Uma das capas da edição original (Arquivo Pessoal)

  

Sugestão: Crítica do Death Note Vol. II

                                               

Ficha técnica do livro 

País de origem: Japão  

Nome: Death Note - Black Edition Vol. III

Autor: Tsugumi Ohba, Takeshi Obata 

Editora original: Shueisha

Ano original de publicação: 2003

Editora no Brasil: JBC

Tradução: Rica Sakata  

Ano de publicação: 2010

Páginas: 400


                                                 

                                                                   

                                             










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