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sábado, 4 de setembro de 2021

CRÍTICA | DEATH NOTE: BLACK EDITION VOL. I, DE TSUGUMI OHBA E TAKESHI OBATA


Escrita por Victor Hugo Sigoli de Campos em 31/08/2021 


Death Note é um mangá publicado em 2003 no Japão, bem sucedido tanto em seu país quanto no mundo. Os mangás são os histórias em quadrinhos japonesas, e Death Note mescla a vida de um adolescente (já indicando o público - alvo do mangá) com elementos da mitologia japonesa. A vida de Light Yagami muda ao encontrar um caderno, o objeto é um elemento sobrenatural que dá poderes ao seu portador.

Light tem dezessete anos e é um dos estudantes mais proeminentes do Japão, mora com sua família na região de Kanto, onde se localiza Tóquio. Ao sair da escola encontra o Death Note (Caderno da Morte) o objeto possui regras transcritas em suas páginas, acerca dos seus métodos de uso, basta escrever o nome de uma pessoa no Death Note, e ela morre logo em seguida. O garoto é motivado pelo desejo de fazer justiça, então, escreve os nomes de criminosos, porque, quer tornar o mundo melhor, a mídia cobre, e a polícia investiga os casos, e começam a chamar o responsável pelas mortes “Kira” (assassino em japonês).

A Polícia japonesa, Interpol, FBI, fazem uma conferência para determinar e planejar ações contra o “Kira”. Surge um enigmático detetive particular conhecido como “L”, é o adversário mais efetivo do protagonista. O roteiro escrito por Tsugumi Ohba tem diálogos objetivos e explicativos, e as informações se repetem durante os diálogos, o autor está justificando as motivações dos personagens ao leitor.

A arte de Takeshi Obata é exótica e insere efetivamente o leitor na cultura e na vida japonesa, a edição de luxo (eu li) é em estilo chiaroscuro, transformando a narrativa em thriller psicológico. Um dos elementos mais interessantes do mangá é o Shinigami Ryuk (Deus da Morte), é o verdadeiro dono do Death Note e é visto somente por Light.  

Ryuk é assustador, alto, tem olhos grandes e petrificados, tem asas e, rosto branco e, representa o desejo e poder de Light tem para matar. A expressão insana e gélida do Deus da Morte demonstra que o seu objetivo é manipular o adolescente. O momento falho é a interação entre Light e a ex-detetive do FBI, Naomi Misora, é gratuita e, precisava ter sido melhor elaborada, pois, o desenrolar dessa parte é convenientemente favorável a Light. 

As sequências de diálogos são longas, por exemplo, as conversas com Ryuk e o assalto ao ônibus planejado por Light, aprofundam temas, por exemplo, o poder, desejo de fazer justiça, os personagens não estão apenas interagindo entre eles, são elementos que simbolizam os conceitos dos autores e estão debatendo com o leitor. Death Note termina no volume seis, então, para a sequência podemos esperar mais tensão do contraponto “Kira” e “L”, e outros Shinigamis entrando no mundo dos humanos.                              
                                           

                                          

Capa da Edição de Luxo                                                                                  


                        


                                                                                                                                                                                                                                                                                        

     Capa da Edição Original


Fonte Google Imagens 


Ficha técnica do livro 

Nome: Death Note - Black Edition Vol. 1

Autor: Tsugumi Ohba, Takeshi Obata 

Editora original: Shueisha Inc. Tokyo 

Data original de publicação: 2003

Editora no Brasil: JBC Editora 

Tradução: Rica Sakata

Data de publicação: 2010

Páginas: 400





 

                                 

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