Escrita por Victor Hugo Sigoli de Campos em 31/08/2021
Death Note é um mangá publicado
em 2003 no Japão, bem sucedido tanto em seu país quanto no mundo. Os mangás são os histórias em quadrinhos japonesas, e Death Note mescla a vida de um
adolescente (já indicando o público - alvo do mangá) com elementos da mitologia japonesa. A vida de Light Yagami muda ao
encontrar um caderno, o objeto é um elemento sobrenatural que dá poderes ao seu portador.
Light tem dezessete anos e é um dos
estudantes mais proeminentes do Japão, mora com sua família na região de Kanto, onde se localiza Tóquio. Ao sair da escola encontra o Death Note (Caderno da
Morte) o objeto possui regras transcritas em suas páginas, acerca dos seus
métodos de uso, basta escrever o nome de uma pessoa no Death Note, e ela morre logo em seguida. O garoto é motivado pelo desejo de fazer justiça, então,
escreve os nomes de criminosos, porque, quer tornar o mundo melhor, a mídia cobre, e a
polícia investiga os casos, e começam a chamar o responsável pelas mortes “Kira” (assassino em japonês).
A Polícia japonesa, Interpol, FBI, fazem uma conferência para determinar e planejar ações contra o “Kira”. Surge um enigmático detetive particular conhecido como “L”, é o adversário mais
efetivo do protagonista. O roteiro escrito por Tsugumi Ohba tem diálogos
objetivos e explicativos, e as informações se repetem durante os diálogos, o
autor está justificando as motivações dos personagens ao leitor.
A arte de Takeshi Obata é exótica
e insere efetivamente o leitor na cultura e na vida japonesa, a edição de luxo
(eu li) é em estilo chiaroscuro, transformando a narrativa em thriller psicológico. Um dos elementos
mais interessantes do mangá é o Shinigami Ryuk (Deus da Morte), é o verdadeiro dono do Death Note e é visto somente por Light.
Ryuk é assustador, alto, tem olhos grandes e
petrificados, tem asas e, rosto branco e, representa o desejo e poder de Light
tem para matar. A expressão insana e gélida do Deus da Morte demonstra que o
seu objetivo é manipular o adolescente. O momento falho é a interação entre Light e a ex-detetive do FBI, Naomi Misora, é gratuita e, precisava ter sido melhor elaborada, pois, o desenrolar dessa parte é convenientemente favorável a Light.
As sequências de diálogos são longas,
por exemplo, as conversas com Ryuk e o assalto ao ônibus planejado por Light,
aprofundam temas, por exemplo, o poder, desejo de fazer justiça, os personagens não estão apenas interagindo entre eles, são
elementos que simbolizam os conceitos dos autores e estão debatendo com o
leitor. Death Note termina no volume seis, então, para a sequência podemos
esperar mais tensão do contraponto “Kira” e “L”, e outros Shinigamis entrando
no mundo dos humanos.
Capa da Edição de Luxo
Capa da Edição Original
 |
Fonte Google Imagens |
Ficha técnica do livro
Nome: Death Note - Black Edition Vol. 1
Autor: Tsugumi Ohba, Takeshi Obata
Editora original: Shueisha Inc. Tokyo
Data original de publicação: 2003
Editora no Brasil: JBC Editora
Tradução: Rica Sakata
Data de publicação: 2010
Páginas: 400
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente.
Curta. Compartilhe. Inscreva-se.